Surge o sistema
Chega a revolução industrial
por Edu Amorim
Com a queda da Bastilha e a revolução industrial no século XVIII, iniciada na Inglaterra, a Moda deixa o seu caráter artístico/artesanal de lado e passa a ser também inserida na rede engendrada pelo Mercado.
O custo dos tecidos diminuiu bastante, em 1850 com a invenção das máquinas de costura o custo dos tecidos caiu ainda mais, assim começa a democratização da moda, onde até os mais humildes puderam comprar roupas melhores.
Entramos num período que chamamos de idade contemporânea que vai englobar outros grandes movimentos como império, romantismo, era vitoriana e a "belle époque", ou bela época em tradução literal.
Dentro do clima generalizado de revival, a moda desempenha o seu papel ao livrar as mulheres, de uma só vez, dos espartilhos, anáguas, armações para saias e outros artefatos que causavam desconforto:era o Estilo Império.
No período seguinte, o estilo romântica se consagra e a silhueta feminina vai afetando a forma de um sino, ou uma flor invertida, o foi consagrado com o advento da crinolina.
As crinolinas marcam o momento em que surge a indústria da moda propriamente dita, sendo este o primeiro modismo que poderíamos chamar de universal e foram usadas de 1852 a 1870, em lugares tão diversos quanto Nova Zelândia e Brasil, por exemplo.
Em 1870, com a derrota de Luís Napoleão Bonaparte (Napoleão III) na Guerra Franco-Prussiana, a Terceira República Francesa adota o estilo "princesa" a as crinolinas caíram em descrédito, sendo substituídas pelas tournures ("anquinhas") que armavam apenas a parte traseira das saias e vestidos. Estas, foram usadas até o final da década de 1880.
A Moda masculina no século XIX era bem formal para nós. Os homens usavam um terno (que poderia ser de vários tecidos e cores, mediante a cada ocasião) que levava colete, golas que deveriam ser bem marcadas para que o colarinho ficasse sempre no alto, chapéus e bengalas que poderiam ser usados de dia.
Foi em meados século XIX, que surgiu figura crucial nesta transformação foi o dândi. O dandismo estabeleceu padrões mais rígidos de masculinidade ao introduzir um traje novo, moderno e urbano. Também, apontava para o vestuário como forma de revolta. O papel do dândi implicava numa preocupação com o eu e a apresentação pessoal; a imagem era tudo.
Esse novo estilo transformou-se em dominante, impondo uma estética que se opunha ao exagero de rendas, brocados e pó-de-arroz dos aristocratas pré-Revolução Francesa.